Home Viagem China As direções na China são diferentes das nossas | Nanquim – Viagem pra China #14 – Coisa de Casal

As direções na China são diferentes das nossas | Nanquim – Viagem pra China #14 – Coisa de Casal

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As direções na China são diferentes das nossas | Nanquim – Viagem pra China #14 –  Coisa de Casal

Último dia em Nanquim e já acordamos cedinho para fazer nosso único passeio do dia. Diferente do que possa parecer, a programação é bem longa e com risco de cortes durante o dia, isso porque o local que planejamos ir continha diversas atrações e lugares para visitar. Sem demora fomos a uma panificadora comprar nossos salgados e capuccino para fazer nossa primeira refeição do dia.

Apesar de saber onde ficava, enfrentamos muitas dificuldades de encontrar a entrada do parque. Sem internet, não tínhamos atualização do GPS para saber se estávamos indo para a direção correta, e como as ruas lá são muito compridas, andamos em círculos por algumas vezes. Depois de várias tentativas e informações erradas das pessoas locais, um estudante nos ajudou, falando chinês, onde deveríamos ir. Bingo, achamos!

Esse parque é um local gigantesco com muita natureza e muitos locais históricos para os chineses. Lá é possível ver várias famílias e amigos realizando diversos tipos de atividades. Tinha um evento para as crianças, famílias acampando, realizando esportes e outras simplesmente meditando. Era incrível a sensação de liberdade e sossego que aquilo trazia a nós. Mais pra dentro da floresta era tudo bem asfaltado, havia lagos e rios que renderam ótimas fotos também.

A escolha de ir para a cidade de Nanquim foi justamente porque a Pqna Dai queria conhecer a Montanha Púrpura, um local bastante visitado e recomendado. Para ajudar ele ficaria em um parque imenso onde conteria 6 templos. Desses 6, quatros são pagos, custando 100 RMB em um pacote fechado. Foi esse que escolhemos, para evitar ter que ficar nas filas de entrada. O primeiro que entramos foi o Linggu Temple. Ele contem 60 metros de altura, 9 andares e nós pudemos subir até o último. É muita escada e muita caminhada, mas a vista lá de cima é linda.

Já era meio dia e voltamos de olho nos restaurantes e lanchonetes pelo caminho, mas não conseguíamos arriscar comer algo diferente. Então decidimos pegar um ônibus para ir até o próximo ponto turístico. Sim, lá é tão grande que para se mover de um ponto a outro é necessário algum meio de transporte. Perguntando no balcão de informações, a menina nos recomendou pegar o ônibus 202. Ok. Fomos até o ponto e ficamos esperando. O problema é que acho que ela não entendeu nosso pedido, pois este ônibus nos levava pra fora do parque, pra outro lado da cidade. Pensa no desespero em ver todo o trajeto que tínhamos andado indo embora.

Decidimos descer no primeiro ponto e paramos ao lado de uma rua de lojas, restaurantes e mercado. Já que estávamos por ali, entramos no mercado e já compramos cup noodles e batata lay’s. O senhor do caixa com muita paciência e vontade, mesmo não entendendo uma palavra do que falávamos, entendeu por mímicas que precisávamos de água quente para nosso macarrão. Lá é comum ter nos estabelecimentos, e até em lugares públicos, água quente para fazerem o macarrão e para tomarem chá. Depois de pronto, sentamos na calçada e almoçamos enquanto apreciávamos os carros passando.

Para voltar, resolvemos pegar a mesma linha de ônibus só que no sentido contrário, e deu certo. Voltamos ao mesmo ponto que estávamos só que desta vez resolvemos pegar um carrinho que circulava ali dentro. Ele era pago, mas valia a pena. Se o nosso tempo já era curto, agora ficou ainda mais. Desta vez fomos rumo ao Mausoléu, um lugar onde você se impressiona com a quantidade de escadas que possui. Lá é o túmulo de um famoso político chinês e recebe muitas visitas. A visita por dentro é simples e rápida, realizada em apenas uma direção. Você entra por uma porta, dá uma volta pela sala e sai. Não é permitido fotos e vídeos lá dentro.

Com dúvidas de como chegar ao próximo ponto, perguntamos a um casal para qual direção deveríamos ir. Eles falaram que estavam indo lá e que poderíamos segui-los. Ótimo! Mas nem tanto. Seus passos eram tão apertados que logo vimos eles sumindo de nossas vistas. Então o jeito foi seguir o fluxo e ver os mapas pelo caminho. O que também deu certo.

O tempo estava escasso e o cansaço muito alto, então decidimos não entrar em alguns templos e apenas tirar algumas fotos, para que pudéssemos chegar aos pontos onde realmente queríamos ir. A minha escolha era ver os animais de pedras. Eles ficavam no meio do “Caminho Sagrado”, sendo seis tipos de animais (leão, unicórnio, grifo, camelo, elefante e cavalo), totalizando 24 animais que guardavam o túmulo. Eles são gigantes e alvos de muitas fotos dos turistas.

Nossa grande aventura começou agora, onde a Pqna Dai queria ir até o teleférico, a grande razão da gente ter ido visitar Nanquim. Logo que encontramos a estrada já sabíamos qual ônibus tínhamos que pegar. Pelo mapa, só teríamos que descer no próximo ponto, simples. É… nem tanto. O mapa só mostrava alguns pontos, e entre o nosso ponto e o do destino, havia diversos outros pontos mais. Ficamos sem saber onde parar. Dentro do ônibus era tudo em chinês, o motorista não falava com a gente, e as pessoas ao redor só ficavam nos encarando ao invés de tentar nos ajudar. Foi horrível.

Descemos do ônibus por impulso, nada certo. Encontramos uma placa que indicava a direção e entramos. E acha que a placa estava certa? Acha que as pessoas nos atendiam? Nessa hora bateu um desespero pois ninguém nos ajudava e a hora corria. Passado alguns bons minutos, o celular da Pqna Dai resolveu atualizar o GPS e sabíamos qual direção ir. Porém tivemos que andar no cantinho da rua, pois não havia calçada, com carros buzinando pra gente, subindo uma rua ingrime e sinuosa, com muita dor e cansaço.

Quando finalmente encontramos o tal teleférico, subimos correndo as muitas escadas e me deu muita vontade de chorar. Encontramos a placa dizendo que os tickets eram vendidos até as 16h30, e chegamos lá às 16h39. Foi triste demais, mas não teve jeito. Era hora de ir embora.

O ponto de ônibus estava lotado, os ônibus que mal passavam estavam sempre lotados e tivemos que deixar passar uns 3 para poder, finalmente, entrar em um. Lá não tem fila e vale a lei do mais rápido e ágil. Quando você está lá dentro, ou você conhece o lugar onde você deve descer ou usa o GPS em tempo real. Como não conhecemos o lugar, utilizamos a segunda opção.

Pegamos nossas malas no hostel e fomos a estação de trem, onde iríamos fazer nossa viagem a Hangzhou. Não deixe de ver como foi nosso passeio de amanhã! Inscreva-se em nosso canal e deixe seu comentário sobre o que achou do dia de hoje – www.casal.tv.

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