Esse foi um dia em que sentíamos um mix de sentimentos, tristeza por ser nosso último dia na China e felicidade por poder voltar pro Brasil, matar a saudade da nossa família e principalmente da nossa cachorrinha Lilo. Não tínhamos muitas pretensões a fazer, apenas descansar e curtir o ambiente.
Nossa primeira ideia era visitar alguns parques próximos que ainda não tínhamos visitado para andar um pouco e ver se havia algo de diferente. Logo ao lado da estação de trem paramos na Jing’an Temple, um lugar bem bonito por fora, mas que cobrava uma entrada que não estávamos interessados em pagar. Então apenas fizemos uma foto por fora que já era possível ver sua beleza, e fomos ao parque que ficava do outro lado da rua, o Jing’an Park.
O parque não era muito grande, mas possuía algumas coisas interessantes. Logo no começo pudemos ver um rinoceronte gigantesco e alvo de muitas fotos pelas pessoas que passávamos, e nossa também. Mais adentro pudemos reparar as mesmas atividades que os chineses praticam nos parques: dança, meditação, caminhadas, etc. A coisa mais diferente neste parque era uma espécie de caverna que as pessoas podiam passar no meio e muitos gatos pela região.
Como este último parque não era muito grande, em pouco tempo andamos ela por completo. Resolvemos então visitar o Century Park, um dos maiores parques de Shanghai, mas antes resolvemos dar uma paradinha no McDonald’s para aquele almoço padrão. Enquanto eu terminava o meu lanche, Pqna Dai me dava uma notícia que nos deixou assustado. Logo que ela tentou fazer o check-in dos nossos voos de volta, ela recebeu a informação dizendo que não era possível realizar o check-in e deveríamos ir até o aeroporto.
Achamos melhor cancelar nosso passeio pelo Century Park e ir direto para o aeroporto. O metrô para o aeroporto é meio estranho, pois apesar de o nosso destino ser o ponto final do metrô, nós deveríamos parar em algumas estações antes, trocar de metrô e seguir viagem. Acabamos entendendo que essa notícia ruim era apenas um sinal para que nos preparássemos para o que enfrentaríamos no dia seguinte.
No aeroporto tivemos problemas para nos comunicar, uma vez que a nossa companhia aérea não estava presente em seu guichê. No aeroporto há uma rotação de companhias de acordo com os voos agendados, ou seja, naquele momento o espaço era de outra companhia. Nos aconselharam a chegar mais cedo no dia seguinte e tentar fazer o check-in, o que não nos convenceu. Muito nervosos, acabamos sentando no banco e a Pqna Dai tentou fazer o processo de check-in de novo por um outro meio, e por sorte, dessa vez deu certo!
Voltamos para o centro mais tranquilos, mas algo nos esperava quando saímos da estação de trem… A CHUVA! Não havia tido um dia sequer de chuva, e justo no nosso último dia o céu desabou. Esperamos um pouco na estação, depois paramos em outra lojinha, mas logo corremos pra dentro de um shopping pra ver se alguma hora aquilo ia parar. Achamos um espaço com diversos puffs onde a galera podia ficar descansando. Não pensamos duas vezes e já sentamos pra relaxar. Pelo aplicativo, a Pqna Dai viu que a chuva só pararia lá pela meia noite. O que fazer?
Resolvemos enfrentar a chuva assim mesmo e por sorte na saída do shopping havia uma mulher vendendo guarda-chuva por apenas R$5,00! Não perdemos tempo e já compramos um. Como aquele era nosso último dia, resolvemos gastar todo nossa grana que havíamos convertido, pois não valeria a pena voltar com dinheiro chinês. Paramos em algumas lojas de cacarecos, lembrancinhas e a MiniSo para comprar mais presentes pra família.
Dinheiro gasto, ficamos apenas com cerca de 20 RMB (R$10,00) no bolso. A ideia agora era ir no KFC e fazer um jantar de despedida da China. A forma de pagamento seria no cartão de crédito, então tava tudo bem! Não, não tava. Pra nossa surpresa o atendente falou que não passava cartão de crédito ali, apenas cartões chineses. Até achei que ele não tivesse entendido minha pergunta, mas só ouvia “não”.
Foi então que arriscamos ir para o McDonald’s. Comemos todos os dias lá, não daria errado, não é? Ao invés de ir nos atendentes, fomos no totem onde você pode realizar seu próprio pedido, pagar e depois só retirar no caixa. Fizemos todo pedido personalizado, do jeitinho que queríamos mas na hora de pagar… Não aceitava cartão de crédito ali também! Que absurdo! No caixa também fomos informados que ali só era possível cartão chinês.
Bom, andamos rumo a Pizza Hut, que ficava ao lado do KFC. Ao entrar já perguntamos a recepcionista se aceitavam cartão de crédito e pra nossa surpresa dessa vez a resposta foi positiva! AEEEE! Porém quando sentamos na mesa, ficamos com a sensação que não tava muito certo. Então pedimos ao garçom se aceitavam mesmo, e ele confirmou o nosso mau pressentimento… não aceitavam mesmo.
Dessa forma, acabamos passando no mercadinho e compramos uma água pra levar pro hostel. Nossa janta foi o resto de batatinhas e alfajores que tínhamos. A Pqna Dai criava uma miragem imaginando que a comida fosse um frango do KFC! Hahaha. E pra disfarçar nossa fome, fomos direto pra cama e dormimos.
Esse foi um dia que ficamos “p da vida”, mas que hoje é algo que contamos dando muita risada. É bom passar alguns perrengues assim, a gente acaba aprendendo mais e vivendo algo diferente.
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